terça-feira, 27 de dezembro de 2011

IndiePendente :: Best 2011 EPs


EPs :: Top 10 2011

10º Airliners - "Vision"




9º Y LUV - "How Chill Can You Let Go"






































IndiePendente :: Best 2011 LPs

Final de ano, altura de estabelecer metas objectivos e desejos para o novo ano de 2012, mas também é altura de fazer um balanço, uma análise e um resumo do que ao longo de 2011 foi sucedendo.
Também assim o é no que se refere à música. E como tal este ano, decidi fazer a minha selecção, dos albuns que mais me agradaram. Será sempre uma selecção pessoal, e como tal nada analítica ou científica.

LPs :: Top 15 2011

15º  Doug Hoyer -  "Walks With The Tender and Growing Night"



14º  The Decemberists - "The King is Dead"




13º  The Antlers - "Burst Apart" 




12º  My Sad Capitains - "Fight Less Win More"





11º The Pains Of Being Pure At Heart - "Belong"






10º Fleet Foxes - "Helplessness Blues"






9º  Wild Beasts - "Smother"




8º  Loney Dear - "Hall Music"




 7º  Casiokids - "Aabenbaringen Over Aaskammen"







6º  Metronomy - "The English Riviera"























2º  Mogway - "Hardcore Will Never Die,  But You Will"







Lo-Fi-Fnk - The Last Summer (2011)


É precisamente desde o ultimo verão que já me acompanha este "The Last Summer", do duo sueco Lo-Fi-Fnk, e efectivamente confrme o novo sugere, respira verão por todos os poros!
O álbum é composto quase totalmente por elementos da electrónica, cruzada com a pop. Usam e abusam dos sintetizadores, ritmos festivos, e letras espontâneas, fazendo deste "The Last Summer" um excelente exemplo, daquilo que melhor se faz no electropop nos dias que correm.
Cinco anos volvidos da edição de "Boylife", o duo então ainda adolescente, reaparece fiel as suas sonoridades, mas mais maduro, e menos explicito e apelativo no que a sexualidade se refere e que demonstravam então, e ostentavam de sobremaneira na sua musica, sendo considerados a dupla gay-friendly mais em moda nessa época. O equilibrio agora adequa-se, e dá-lhes maior margem de progressão. Com "The Last Summer" a evolução é natural, e torna claro que não será nem perto o ultimo verão musical dos Lo-Fi-Fnk.






Para saber mais

www.lo-fi-fnk.com

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Das Pop - The Game (2011)


"The Game" é um daqueles albuns que vão ficando para trás, sem que sejam escutados uma vez. E isto acontece naturalmente, pois a demanda é tal, que é impossível ouvir tudo o que nos chega. Esta situação por vezes torna-se de tal forma injusta, que um grande album passa ao nosso largo, sem termos essa noção.
Mas porém, ao abrirmos a pasta dos albuns por escutar, la decidimos dar uma espreitadela naqueles que já la andam quase desde o inicio do ano. Foi assim com o novo album dos Belgas Das Pop. 
Não é seguramente um album para figurar nas listas dos melhores do ano, mas é sem duvida uma peça simpática, concistente, e que possui uma das grandes musicas do ano logo a abrir. Falo da faixa que dá nome ao album "The Game".







Para saber mais


www.daspop.com

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

She And Him - A Very She And Him Christmas (2011)

Confesso que She And Him nunca me entusiasmaram grandemente! A parceria de M. Ward, e Zooey Deschanel tem o seu encanto é certo, mas a meu ver sempre lhes faltou qualquer coisa (mas isso é apenas a minha opinião). 
O certo é que nesta quadra natalícia, e à semelhança de outros nomes do indie como Sufjan Stevens, Bright Eyes ou Raveonettes, editam um album completamente consagrado ao Natal, com um alinhamento feito de versões de temas natalícios.
E bom já que nestes dias temos que ser bombardeados constantemente com as tipicas musicas de natal com sininhos, ao menos que seja com temas de "A Very She and Him Christmas".
Sejam felizes, com ou sem natal, e que nunca vos falte a boa musica!








Para saber mais

www.sheandhim.com

Wilco - The Whole Love (2011)


O ano está quase no fim é certo, mas ainda há muito para falar deste 2011, e muitas outras coisas ficarão por dizer. Um dos que não podia faltar por cá, é o novo dos Wilco, "Yhe Whole Love".
Novidades musicais dos norte-americanos Wilco serão sempre um acontecimento de assinalar, como não poderia deixar de ser. Banda com créditos mais que firmados, havendo mesmo quem de há uns anos para cá use com frequência a afirmação "Radiohead na Europa, Wilco nos Estados Unidos". Não estou certo que ainda seja assim, mas que já fez todo o sentido, disso não tenho as menores das dúvidas.
Um, senão o expoente máximo do rock alternativo norte-americano, donos de uma obra invejável e já longa, os Wilco editaram este ano um novo LP intitulado "The Whole Love". Depois das incursões mais alternativas do inicio da carreeira, essencialmente com  "Yankee Foxtrot Hotel" (2002), assumiram uma maior sobriedade no maravilhoso "Sky Blue Sky"(2007), um dos albuns da década, e volvidos 4 anos, com "The Album" (2009) pelo meio com pouca transcendência, chegam com "The Whole Love", o trabalho mais conservador da banda e portanto menos arrojado, mas não por isso menos interessante. Todos os elementos característicos da banda estão lá. A sua independência, moral desde sempre, é agora representada simbólicamente agora, com a edição do album com selo próprio.
"The Whole Love" não é o melhor que já deram de si, mas reúne um bom conjunto de canções, para apreciar sem compromisso. Trabalho honesto que ainda assim possui momentos memoráveis.






Para saber mais

www.wilcoworld.net

http://indiegalia.blogspot.com/2010/10/wilco-album-2009.html

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ryan Adams - Ashes And Fires (2011)


O "Maior" está de volta. Sim, digo maior com todo o despeito que me é permitido neste espaço. 
Ryan regressou este ano com "Ashes And Fires", que já tardava em figurar aqui pelo IndiePendente, embora já toque por cá há um bom tempo. 
Agora sim completamente refeito de todos os problemas que atravessou nos ultimos anos, e completamente sóbrio e lúcido (!?), e profícuo e genial como sempre, expoente máximo do alt/country. "Ashes And Fires", é o regresso de Ryan à produção a solo, depois de mais uma colaboração com os The Cardinals em "III/IV", e representa o regresso às origens. Relembrar obras primas como "29", "Hearthbreaker", e "Gold", é impossível.
A certa altura ryan questiona-se "Am I really who I was?". Se não o percebeu, desta vez deu uma resposta realmente definitiva a quem duvidava!
"Ashes And Fires" marca e marcou o meu ano, assim como toda a obra de Ryan marca e marcará a minha forma de ser, ver e sentir a musica.
Obrigatório.





Para saber mais

www.ryanadams.org

http://indiegalia.blogspot.com/2011/01/ryan-adams-cardinals-iiiiv-2010.html

Monument Valley - Toungues EP (2011)


Ao ouvir "Tongues", o Ep estreia de Monument Valley, temos a experiência de desde logo ouvir uma das grandes musicas deste 2011. Falo da faixa "Round and Round". Contudo seria extremamente injusto reduzir "Tongues" apenas a uma faixa, e só por isso mesmo tem sentido falar hoje aqui de "Tongues", que se fosse o contrário, não o faria. Um bom trabalho reflecte-se no todo, e não apenas em uma ou duas boas musicas, embora muita gente insista em ver o contrário. É o todo que identifica uma banda, e suporta a sua qualidade. 
"Tongues" é um belíssimo trabalho, intenso e melódico, que não vive apenas com a "Round and Round". Ao longo de todo o alinhamento percebe-se a sinceridade e espontaneidade musical de Londoner Ned Younger. Com excepção da mencionada faixa "Round and Round", todo o restante Ep é pautado por melodias discretas e extremamente delicadas, sensíveis e belas.
As comparações serão inevitáveis...liricamente lembra Eliot Smith, musicalmente remete-nos também para os Death Cab For Cutie. Comparações inevitáveis mas que lhe ficam muito bem!





http://www.monumentvalley.co.uk/

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Korallreven - An Albun By Korallreven (2011)

Chegam da Suécia (impressionante a quantidade de excelentes projectos que têm origem neste país escandinavo), e dão pelo nome de Korallreven. São dois, e apresentam-nos este final de ano o trabalho de estreia  "An Album By Korallreven", que pela simplicidade do título escolhido, em nada vai descortinar o que podemos ouvir e experimentar com este album, que de simples ou básico nada tem.
"An Album By Korallreven", e o seu complexo conjunto de composiçoes, pode ser explicado à luz da viagem que um dos integrantes fez por algumas ilhas do Pacífico. Os ritmos exóticos misturados com as electrónicas com que muitas vezes ao longo do alinhamento somos brindados, tem a sua génese ai. A estes elementos podemos juntar a dream-pop, chillwave, shoegaze, balearic, new wave, e poderia continuar, mas creio que já é possivel criar uma ideia da amalgam de sensações que se sente ao escutar os 45 minutos de "An Album By Korallreven", que se altera estruturalmente e reinventa a cada nova faixa. Um trabalho fascinante, uma real viagem sonora! Um grande acontecimento deste ano.
Obrigatório.






Para saber mais

www.korallreven.se/

www.myspace.com/korallrevenmusic

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

My Sad Capitains - Fight Less Win More (2011)


"Fight Less Win More", é uma das mais belas surpresas este ano. O novo album dos britânicos My Sad Capitains impressiona. Harmonioso e melancólico, melodias arrebatadoras, doces e ternurentas, caminhando sempre seguro pela indie pop, e o folk. 
Embora os recortes musicais tendam maioritariamente para a melancolia, o álbum, após algumas escutas apresentasse muito mais luminoso do que ao inicio nos poderia parecer.
Ed Wallis, songrwriter e mentor dos My Sad Captains, escreveu grande parte do material sozinho, numa casa emprestada em San Francisco. Regressado a Inglaterra, reúne-se com o resto dos elementos da banda no campo para gravar o álbum num Celeiro!, onde a acústica natural, trouxe o registo à vida de uma forma brilhante.
É misturado posteriormente por Larry Crane, conhecido por ter trabalhado com nomes como Cat Power, The Go-Betweens, Elliott Smith, M. Ward e Stephen Malkmus entre muitos outros. Juntando todos estes dados dá para perceber facilmente que "Fight Less Win More", não é um álbum usual. É uma peça única, talhada cuidadosamente. Sem dúvida uma das grandes surpresas de 2011.






Para saber mais

www.mysadcaptains.co.uk

www.myspace.com/mysadcaptains

The Decemberists - Long Live The King Ep (2011)


No seguimento do album "The King is Dead", chega-nos agora "Long Live The King", e não só salta logo à atenção o seguimento lógico dos titulos do LP e do EP, como também a nível musical, as 6 novas faixas reunidas em "Long Live The King", poderiam perfeitamente estar no meio do alinhamento do seu sucessor, tais são as similaridades.
Indie, Folk, Alt/Country, melodias grandiosas e instrumentações cuidadas. Foi assim quando supostamente o rei morreu no inicio do ano, e é o agora também quando o temos outro rei a quem se deseja uma longa vida. "Long Live The Decemberists".






Para saber mais

decemberists.com

http://indiegalia.blogspot.com/2011/01/decemberists-king-is-dead.html

Suuns - Bambi Ep (2011)

Uma das bandas mais excepcionais que o panorama indie nos deixou nos ultimos tempos, são estes Canadianos! Depois do potente "Zeroes QC", o quarteto de Montreal apresenta duas novas faixas para o ep "Bambi", como que a antever um novo album para 2012.
Neste "Bambi" as batidas minimalistas são uma constante, tal como o psicadelismo e experimentalismo. Aumenta e de que forma as expectativas para o novo trabalho a editar no próximo ano. Para já podemos deliciar-nos com "Bambi" e "Red Song", duas jóias autenticas. Cada vez mais os Suuns assumem o papel de uma das bandas mais interessantes e alternativas. Por vezes parece que começaram no ponto onde os Radiohead decidiram (infelizmente) parar, ou seja, na electrónica experimental e trabalhada, negra, que ouvimos em "Kid A" e "Amnesiac".
Os suuns já este mês de Dezembro estiveram em Portugal para dois concertos, em Lisboa e Porto. Aguarda-se agora que o regresso seja para breve e com novas músicas.




Suuns "Red Song" from Topher Manilla on Vimeo.



Para saber mais

www.secretlycanadian.com/suuns/

http://indiegalia.blogspot.com/2011/01/suuns-zeroes-qc-2010.html

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ólafur Arnalds - Living Room Songs (2011)


Uma música por dia, ao longo de uma semana, e no conforto da sua sala de estar. Foi este o conceito usado por Ólafur Arnalds, o jovem compositor (25anos!) neo-clássico islandês.
A par de Arvo Pärt, e Jóhann Joóhannsson, Ólafur é um dos mais talentosos compositores, nossos contemporêneos, que se distância dos primeiramente mencionados, pelo aspecto de ser ainda extremamente jovem, embora já com uma grande obra às suas costas e créditos mais do que bem firmados.
Mestre a combinar elementos da música clássica, com sonoridades que caminham por vezes pelo metal (onde o compositor deu os primeiros passos pela música, então como baterista) e pela electrónica. Contudo este "Living Room Songs" é composto por composições mais suaves e mais minimalistas, mas não por isso menos belas.
Ólafur encarna perfeitamente  a essência da música transformada realmente em arte. Transcendental e insustentável, intemporal. Talento puro (mais um que nos chega da fria Islândia), que nos faz questionar até onde poderá ir este jovem compositor. Até agora chegou onde muito poucos conseguiram.
O resultado final pode ser apreciado aqui.
Obrigatório.

Para ouvir e guardar





Para saber mais

olafurarnalds.com

Ólafur Arnalds - ...And They Have Escaped The Weight Of Darkness (2010)


É muito simples qualificar este album. Um dos mais belos trabalhos que alguma vez escutei e apreciei.
Arte feita musica...musica feita sentimento. Tons cinzas coloridos, e leveza, muita leveza.






Para saber mais


olafurarnalds.com

www.myspace.com/olafurarnalds

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Alaska In Winter - Airwolfe "flexi disk" (2011)


Editado a 7 de Novembro, e a juntar ao floppy disk Memorex, Alaska junta mais uma novidade. Um flexi disk (para quem não sabe, é algo do género de um vinil flexivel) com dois temas. Reedita o tema Airwolfe e adiciona uma versão "Airwolfe in Miami".
A qualidade é garantida como sempre, e volto a referir AIW será sempre de escuta obrigatória e mais do que recomendável.

Support AIW Buy






Para saber mais

http://alaskainwinter.bigcartel.com/

http://indiegalia.blogspot.com/2011/11/alaska-in-winter-memorex-floppy-disk-ep.html

http://indiegalia.blogspot.com/2011/08/indiependente-support-brandon.html

Alaska In Winter - Memorex "floppy disk" (2011)

Ainda antes do esperado Lp "Cabin Sessions", Brandon Bethancourt oferece-nos um novo Ep "Memorex Floppy Disk", que contem dois novos temas, que é o mesmo que dizer duas novas obras primas.
Ainda a recuperar dos seus problemas de saúde, nada melhor que se socorrer do seu talento. Nós agradecemos...é impressionante a amalgama de sensações que a música de AIW transmite. Embora a ferros com uma longa depressão, Brandon consegue transmitir tanta esperança e optimismo na sua música, mesmo que inconscientemente, e mesmo que manchadas por letras mais melancólicas e desmotivadas (como seria natural). 
Da minha parte, resta-me torcer novamente pela rápida e plena recuperação de um dos maiores talentos da musica.
AIW será sempre de escuta obrigatória e mais do que recomendável.

Support AIW: buy






Para saber mais

http://indiegalia.blogspot.com/2011/06/alaska-in-winter-space-eagle-motion.html

http://indiegalia.blogspot.com/2011/08/indiependente-support-brandon.html


http://indiegalia.blogspot.com/2011/08/alaska-in-winter-suicide-prevention.html

http://indiegalia.blogspot.com/2011/08/alaska-in-winter-b-sides-other-missed.html

http://alaskainwinter.bigcartel.com/

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Musicas Que Perduram :: Stowaways - Hunt Club (2006)

"Marialvas deprimidos/oprimidos e valsas para crocodilos"...esta é a forma como os Stowaways se vêm a si próprios.
São de Matosinhos e (infelizmente) andam desaparecidos há demasiado tempo. São donos de uma musicalidade única, que nunca encontrei em nenhuma outra banda. Fazem desde há muito parte do meu imaginário e da minha lista de favoritos.
Deram-se a conhecer em 2002 quando venceram a edição do "Termometro Unplugged", e desde logo começaram a tocar pelas rádios mais alternativas (caso da antena 3), sendo que o tema "Amputated Leg" criou um feedback bastante positivo.


"Stowaways - Amputated Leg"


Em 2003 editam um album a meias com os Alla Polacca, "We Have Made Thousands of Lonely People Happy" e demonstram todo o seu potencial, que lhes valeu elogios rasgados por quem tomou contacto com a banda, sendo inclusive comparados a monstros como os Radiohead, tal era a frescura e originalidade sonora que apresentaram.

Stowaways - Boogie List

Com a expectativa no maximo editam então o Lp "Hunt Club".

Brilhante, delicioso. Os adjectivos seriam sempre escassos para caracterizar tão enorme trabalho. Generoso e com muita alma. Passeia por universos "mariachi, vaudeville, Fellini para principiantes, scooby-doo, folk protestante e criminalidade passional" (novamente palavras dos próprios). Dessa interpretação da banda sobre a sua obra, é possivel perceber o que encontramos em "Hunt Club"...16 canções sem igual.  Retro-pop, folk experimental, cabaret, circo, musica dos Balcãs, valsa...são tantas as influências que se torna dificil lembrar e transcrever todas. O melhor é mesmo escutar.
É impossível ficar indiferente. Stowaways, uma das mais talentosas bandas que já ouvi em Portugal, merecem e mereciam o reconhecimento total à sua música. E nós merecemos que os Stowaways regressem em breve.

Stowaways - Charity Fucker 

Stowaways - Military Waltz 

Stowaways - Deux Femmes 

Para saber mais

www.myspace.com/stowawayshuntclub

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Músicas Que Perduram :: Raindogs - From Today (1999)

Neste novo espaço, pretendo percorrer e revisitar albuns e músicas que marcaram e marcam o meu crescimento como pessoa, e que influenciaram e infuenciam a minha maneira de estar e ver o admirável mundo da música. Porque a vida sem música não tinha qualquer sentido.


Para abrir esta espécie de rubrica, nada melhor que falar dos "nossos" Raindogs. 
Surgidos por volta do ano de 1995, e provenientes de Almada, os Raindogs são na minha opinião uma das melhores bandas que o nosso Portugal jamais produziu. Donos de uma sonoridade única, aliada a um timbre de voz de Rolando Popp extremamente grave (a lembrar Tom Waits), estão há muito presentes no meu imaginário.
Pese embora o talento seja enorme, o seu desconhecimento por parte do seu próprio país sempre foi incompreensível. Atingiram alguma notoriedade com a faixa "Indigente", que deu nome e musica de apresentação a um programa de rádio da Antena3 com esse mesmo nome.
Com um Ep e quatro LPs editados de 1999 a 2004, atingem a meu ver a perfeição com o LP "From Today" (1999). Um album maravilhoso, que merecia um reconhecimento global, tal é a qualidade patente tão acima da média. Sem duvida um dos album da minha vida.

Enquanto Aguardamos por novas dos Raindogs (inactivos desde 2005), sempre nos podemos deliciar revistando a sua obra, neste caso "From Today".





Para saber mais

www.myspace.com/raindogsland

Fruit Bats - Tripper (2011)


"Tripper" é antes de mais, um conjunto de histórias transformadas em canções. Um album do ponto de vista lírico, um disco extremamente narrativo.
Com a marca do produtor Tom Monaham (Vetiver, Devendra Banhart), "Tripper" é a quinta entrega dos norte-americanos Fruit Bats, e é mais uma joia do Folk a juntar a este profícuo ano de 2011 nesse género musical tão apreciado por estas bandas.
O Folk há muito que extravassou o imaginário do deserto árido americano, para uma globalização óbvia. O folk que se sente em "Tripper" é absolutamente superior, para ficar restringido a rótulos, sejam eles geográficos, ou preconceitos musicais e/ou de modas. Por isso mesmo sente-se a evolução sonora da banda e do género. Aventura-se pela experimentação através da psicodélia, pelo alt-country, ou ainda pelos Blues tão à Bob Dylan. Transmite energia solarenga. Quente e enigmático, que nos transporta ao longo de caminhos serpentuosos, sinuosos.  As sensações visuais são completamente indissociáveis das musicais. É um album que se transfigura num espaço, que será adornado a maneira de cada ouvido, mas que no fim terá muitos pontos em comum. 
Um trabalho honesto, simples, e coerente. O facto é que, se "Tripper" fosse apresentado como um "Best-Off", uma recompilação dos melhores temas de uma qualquer banda, eu acreditaria no imediato, tal é a contancia de temas grandiosos (sendo dificil escolher os melhores). Ficaria apenas a questão de onde teriam andado todo esse tempo os meus ouvidos.
Um dos grandes albuns de 2011. Obrigatório.






Para saber mais

 www.myspace.com/thefruitbats

fruitbatsmusic.com

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Bombadil - All That The Rain Promises (2011)

Editado a 8 de Novembro, "All That The Rain Promises" apaixona no imediato. Comigo assim foi...nos ultimos dois dias monopolizou por completo a minha lista de reproduçao por onde quer que eu ande.
Dois anos após a edição de "Tarpits and Canyonlands", os Bombadil regressam com uma nova proposta, e dez novas músicas do universo tão peculiar desta banda.
O album começa intenso e melancólico com a poderosa "I Will Wait". Contudo rapidamente se encaminha para temas mais leves e alegres, em tons mais esperançosos, percorrendo e questionando-se sobre o obvio e o fácil da natureza humana. Cantam sobre a saudade, a esperança,a alegria e o desespero.
Durante algum tempo chegou-se a temer o fim prematurode tão talentosa banda. O facto é que desde 2009, aquando do lançamento de "Tarpits and Canyonlands", o quarteto atravessou algumas crises, desde problemas de saúde (que impossibilitaram por completo as "tours" que tinham previsto), a elementos que abandoram a banda (entretanto regressados). Contudo demonstram agora, que apesar dos problemas, que consequentemente levam a um hiato de tempo em silêncio, não significa minimamente e necessáriamente qualquer tipo de paralisia criativa. A banda recompôs-se e regressa em grande. Poética, inteligente, harmoniosa, metafórica, única e intrigante, mas acessível ao mesmo tempo.
"All That Rain Promisses" pode ser visto como um universo extravagante. Diferente enfim...um conto dramático acutilante e observador na medida certa...humoristico com grandes doses de comédia como a que encontramos em "A Question", que não é mais do que uma forma extremamente interessante de encarar e camuflar o medo da rejeição amorosa através da sátira e humor. Brilhante.
Longfellow (Poeta 1807-1882) certo dia escreveu: "Art Is Long, And Time Is Fleeting". Conceito perfeitamente enraizado em Bombadil.
Obrigatório.






Para saber mais

http://bombadil.bandcamp.com/

www.bombadilmusic.com


http://indiegalia.blogspot.com/2010/10/bombadil-tarpits-and-canyonlands-2009.html
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