quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

IndiePendente TOP20 2013: 10º-1º



10. Merchandise - Totale Nite





9. The Head and The Heart - Let's Be Still





8. Ólafur Arnalds - For Now I am Winter





7. Mark Kozelek & Jimmy Lavalle - Perils Of The Sea





6. Bombadil - Metrics Of Affection





5. Cloud Cult - Love





4. Fuck Buttons - Slow Focus





3. Yo La Tengo - Fade





2. Low - The Invisible Way





1. Futurebirds - Baba Yaga


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

IndiePendente TOP 20 2013 : 20º-11º


Embora 2013 tenha sido um ano intermitente para o IndiePendente, com pausas prolongadas pelos mais diversos motivos, não poderia agora com o aproximar do final de ano, deixar de publicar a já tradicional lista dos favoritos do ano para este espaço. Assim sendo cá vai!

20. James Blake - Overgrown





19. These New Puritans - Field Of Reeds





18. Night Beds - Country Sleep





17. Portugal The Man - Evil Friends




16. Mogwai - Les Revenants OST




15. Sin Fang - Flowers




14. The Thermals - Desperate Ground




13. Ola Podrida - Ghosts Go Blind




12. Stornoway - Tales From Terra Firma




11. Unknown Mortal Orchestra - II


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

The Mowgli's - Waiting For The Dawn (2013)



Uma das grandes revelações de 2013 são estes Norte-Americanos. The Mowgli's chegam com "Waiting For The Dawn", e apresentam um conjunto de 14 canções solarengas, extrovertidas, apioadas numa complexa instrumentação proveniente dos oito musicos que formam a banda, e ainda nos refrãos folk tão característicos. A mensagem essa, é sempre positiva, o que só torna o album ainda mais leve.
"Waiting For The Dawn" é simplesmente tudo aquilo que um album indie pop-folk deve ser. Multiinstrumental e letras fortes, bem composto, e emotivo. Um excelente proposta e uma das grandes surpresas até ao momento.



Para saber mais 

themowglis.bandcamp.com

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Stronoway - Tales From Terra Firma (2013)



Oriundos de Oxford, os Stornoway apresentaram este ano o seu segundo trabalho de originais "Tales From Terra Firme". Num momento em que editam um novo mini-álbum "You Dont't Know Anything", preferi destacar o full-album editado na primeira metade deste 2013. Com um indie folk apelativo, "Tales From Terra Firme", é conforme o nome indica, um álbum de histórias. Histórias de vida, de nascimento, de mudança e de morte. Reflecte uma visão de experiências de vida comuns, mas intensas, onde o tema central é a passagem do tempo, contínuo e constante. Poderá dizer-se que nos tenta desmistificar através da musica, a experiência humana da própria existência e de tudo o que ela significa, seja com elementos e características menores, ou mais abrangentes. Esse entusiasmo pela aventura é bem patente pelo alinhamento do álbum, pela entrega e pela carga emotiva de cada uma das faixas, que termina com o portento "November Song", sem dúvida o binómio literário/musical mais impressionante deste ano, pela simplicidade com que transmite a emoção e o medo da mudança.
Em resumo, "Tales From Terra Firma" é um álbum de musicas folk sólidas, mas que não se coíbe de arriscar quando necessário a explorar sonoridades diferentes. Mais uma excelente proposta que nos chega da editora 4AD.



 Para saber mais 

www.stornoway.eu

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mark Kozelek & Jimmy LaValle - Perils From The Sea (2013)



Mark Kozelek e Jimmy LaValle juntam esforços, ou o que é o mesmo que dizer, Sun Kill Moon e The Album Leaf juntos, para nos oferecerem "Perils From The Sea".
A combinação é perfeita. Se Mark Kozelek sempre experimentou um facilidade de escrita de canções assombrosa nos vários nomes que tem assumido, LaValle entende isso perfeitamente, e torna a atmosfera em redor dessa criação mais espeça, mais consistente, mais abstracta também e com uma abordagem mais minimalista e impressionista do que nos habituou com o "seu" The Album Leaf.
Predominantemente melancólico e algo negro, "Perils From The Sea" é, pelo menos à primeira vista um registo que pega em vivências de ambos músicos, e que tenta ao longo do alinhamento contar histórias de forma tão delicada e subtil, que só mesmo com uma parceria deste calibre permitiria.
Recomendado para as longas e frias noites, em que nos apresentamos tão pequenos num mundo tão vasto e assustador. Obrigatório para nos embalar num crepúsculo mais ameno e plácido.




Para saber mais 

www.sunkilmoon.com

www.thealbumleaf.com

Explosions In The Sky & David Wingo - Prince Avalanche OST (2013)



Explosions In The Sky possuem o dom de criar as mais belas composições musicais que podem ser ouvidas. Assumem uma sensibilidade e visão como poucos alguma vez conseguiram, e constroem uma realidade crua adornada dos mais belos enfeites e emoções. Explosion In The Sky criam sempre um explosão de sensações a quem decide mergulhar no seu universo. Criam com sentido, e contam-nos uma história sem letras, palavras ou frases. Explosions In The Sky possuem o dom. O dom de captar mensagens e transforma-las em musica, torná-las totalmente compreensíveis a quem assim deseje, com um altruísmo do mais sincero e honesto que se pode encontrar hoje.
Posto isto, são demasiadas as razões para serem enumeradas, e que justificam a audição atenta de "Prince Avalanche", banda sonora original do filme homónimo, remake do islandês "Á Annan Veg (2011)", e em parceria com o compositor David Wingo (Podrida Ola). "Prince Avalanche" marca o regresso da banda após o maravilhoso "Take Care, Take Care, Take Care (2011)", e é pautado por composições mais intimistas e introspectivas.
O rock intrusmental dos Norte Americanos foi tantas vezes apelidado de Cinematográfico, que assim se justifica esta nova aventura na construção musical em exclusivo para uma obra do cinema, após a primeira aventura em "Friday Night Lights OST (2004)". O efeito é como sempre fenomenal, catártico como nos habituou. O resultado final no filme pouco importará, porque como álbum atinge uma vez mais a perfeição.
Obrigatório.




Para saber mais 

http://www.explosionsinthesky.com/

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Clap Your Hands And Say Yeah - Little Moments Ep




Num momento em que a aborrecida e longa discussão sobre a nova abordagem musical dos Arcade Fire divide as opiniões, eu remeto-me ao silência desinteressado, mas analisando a crítica mais especializada, que muito tem elogiado esta alteração, esta evolução sonora dos canadianos. Contudo o egoísmo e bipolaridade da crítica tende a ser tanto maior quanto maior o reconhecimento que por vezes lhe é dado. Enfim...consequências do tempo que vivemos, a alta velocidade sem tempo de olhar para o lado e reflectir.
Esta introdução tem uma razão de ser, e está intimamente relacionada com a edição de Little Moments, dos norte-americanos Clap Your Hands Say Yeah, ou CYHSY, uma das bandas mais queridas por aqui, desde há muito anos. Pois bem, Little Moments marca uma tendencia, não nova, mas mais vincada, um novo conceito na musica de CYHSY, dando mais atenção à electrónica, mas não tão bem recebida por certas facções da crítica. Estranho. Little Moments abre caminho a um novo album mais lá para a frente (Janeiro 2014), que marca o regresso após Hysterical (2011), e após a saída de dois elementos da banda. CYHSY demonstram que estão vivos e recomendam-se.




Para saber mais

www.clapyourhandssayyeah.com

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Fuck Buttons - Slow Focus (2013)



Andrew Hung e Benjamin Power regressam após quatro anos de silêncio com Slow Focus, pondo fim a uma espera que já se fazia eterna. Fuck Buttons estão de volta após os brilhantes "Street Horrsing" (2008) e "Tarot Sport" (2009), e é deles a grande influencia na minha banda sonora este último verão.
A primeira impressão que deixa este Slow Focus, é que há claramente uma evolução, e um corte com o passado mais excêntrico e pouco conceptual do duo. O facto é que o ruído de Street Horrsing desvaneceu-se assim como as desconstruções de Tarot Sport. Slow Focus é certamente mais convencional, como se de uma solução para a experimentação passada se tratasse. O alinhamento encontra a lógica desta vez, e a construção das musicas é sem dúvida melhor resolvida. Não melhor ou pior, apenas diferente. 
A experimentação é constante e altamente expressiva, na forma magistral como tornam rock progressivo em electrónica e vice-versa. Límpido e épico, as faixas sucedem.se numa lógica imediata, que nos arrebata para um história que parece querer contar e que se materializa na nossa mente. Não deixará ninguém indiferente certamente, com as suas faixas longas mas progressivamente velozes e mais velozes a medida que contador de segundos avança. As camadas sucedem-se ao ritmo certo. 
Extrovertido ou introvertido, pouco importa, adequa-se ao estado de espírito presente, pois o espaço-tempo tão particular que cria, é de tal forma vasto, que basta a nossa imaginação acompanhar o crescendo emocional do álbum, para a viagem se tornar inesquecivel uma e outra vez.
Obrigatório.




Para saber mais 

fuckbuttons.com

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

These New Puritans - Field Of Reeds (2013)



E assim, é chegado o tempo de passar das notas às letras, e tentar resumir aquilo que foi ocupando os meus ouvidos nestes últimos meses. Muitas novidades, regressos, surpresas, e novas sugestões.
Desde logo, uma das que mais me entusiasmou, foi o regresso dos Britânicos These New Puritans, com o seu terceiro trabalho de originais "Fiel of Reeds" que sucede ao fabuloso "Hidden" (2010). Entusiasmo esse bem justificado com base naquele que era o passado da banda, e com base naquilo que sabiamos, ou imaginariamos poder esperar.
Mas o que torna These New Puritans tão especiais? Basicamente a sua forma de se reinventarem a cada novo album. A forma como explorar destemidamente novos ambientes sonoros tão dispares entre si, que faz com que a cada novo album, seja uma nova experiência e pareça um projecto novo, embora haja linhas e detalhes que fornecem a sua identificação óbvia e imediata.
"Fiel of Reeds", é uma ode neo-classica, que rompe em definitivo com o passado rock post-punk da banda. Isto poderá desiludir os mais desatentos, mas será recompensador para os mais incautos que se aventurem. Iconoclasta, pouco convencional, intimidador e intimista, misterioso mas universal. "Field of Reeds" merece a nossa confiança, pelo menos na tentativa de o entender. Após isso, uma e outra vez, a experiencia dá os seus frutos.
Obrigatório.




Para saber mais

 http://indiegalia.blogspot.pt/2010/03/these-new-puritans-hidden.html

http://www.thesenewpuritans.com/

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Musicas Que Inspiram Uma Vida


Primeiro dirijo-me a ti, especial amigo. Abandonei-te há tanto tempo, que a contagem dos dias já se perdeu algures entre um por do sol caloroso. E por isso te peço perdão humildemente entristecido. Agora quero voltar a ti, que me acompanhas-te durante tantos e tantos momentos. Fomos crescendo juntos, e ensinando algo um ao outro. Quando te imaginei pela primeira vez, senti que teria de ser diferente, sabia-o, não te tornaria vulgar ao ponto de a rotina ultrapassar a magia. E assim fui tentando...e assim continuarei. 
Agora dirijo-me não a ti, mas ao meu menos fiel amigo, que já lentamente se escapa por entre os dedos para um tela de vermelhos e laranjas dissipados. Falso porque teima em repetir a história. Ano após ano, regressa cheio de promessas, e parte levando a nossa saudade. Sempre com tempo contado, curto o suficiente para não chatear, dificil, complexo, mas genuino, que teima em nos presentear com belas imagens, sensações, e possibilidades únicas.
 Verão e escrita são inimigos. Verão e blog ainda mais. O falso e o fiel amigo. Aquele que não queremos abandonar, e aquele que não queriamos ter abandonado. Tudo se resolve no fim, isso é certo...só o tempo continua sem voltar atrás, ou assim acreditamos. 
É quase tempo de dar as boas vindas ao Outono, esse sim um amigo de longa data, sereno e sábio, ao qual apenas peço para ser agradável e amável. Que a sua chuva nos possa lavar a alma e o espírito. Que a sua brisa nos seque e envolva confortávelmente numa nova jornada. E que jornada...como todas as que constroem a nossa vida. Que o caminho se torne mais leve e fácil de identificar, e o percorramos sempre juntos como até hoje...os velhos e os novos amigos. 

E por fim que Tu nunca me larges a mão durante a nossa viagem. 


Espero que todos estejam bem =) 




sexta-feira, 14 de junho de 2013

Futurebirds - Baba Yaga (2013)



Ouvindo Baba Yaga, torna-se incompreensível o porque de esta pérola ter estado em risco de não ser editado. O quinteto norte-americano gravou ao longo de 7 meses, 13 músicas fabulosas, e levou-as para a estrada, sem sequer saber se algum dia as conseguiria editar, visto que o interesse demonstrado pelas editoras demorou demasiado tempo a fazer-se sentir, mas que se surgiu finalmente no interesse e na edição por parte da Fat Possum. E bem hajam por isso mesmo.
Baba Yaga é isso mesmo, um portento, e uma segura afirmação dos Futurebirds como uma das bandas folk/country mais interessantes que surgiram nos ultimos anos. O alinhamento, apesar de ser composto maioritariamente por musicas que ultrapassam os 5 minutos, em momento algum ser torna maçador. Antes pelo contrário, tornam a experiência auditiva ainda mais intensa e recompensadora. Uma das boas surpresas de 2013.
Obrigatório.

UPLOADED



Para saber mais 

 www.futurebirdsmusic.com

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Merchandise - Totale Nite (2013)


 
Se juntar um pouco de Sonic Youth, com Yo La Tengo e The Velvet Underground, e finalmente misturar com post-rock e post-punk, o mais certo é obter um album do trio norte-americano Merchandise.
"Total Nite" sucede ao fantástico "Children of Desire" (2012), e funciona como a perfeita continuação para esse album editado um ano atrás e que cortou definitvamente com a abordagem mais "suja" da musica que até então faziam. "Total Nite" é um album capaz de nos absorver por completo logo à primeira audição. Denso e intenso, etéro umas vezes, e psicadélico outras vezes, é neste jogo que se reinventa ao longo dos 33 minutos de duração distrubuidos por cinco faixas, que devido à sua longa duração envolvem o ouvinte de uma maneira que à primeira vista poderia ser maçante, mas que se torna uma experiencia extremamente recompensadora.
Merchandise é sem duvida uma banda para ter em conta nos próximos anos, e "Total Nite" é seguramente um dos melhores albuns de 2013.
Obrigatório.





Para saber mais 

merchandisetheband.wordpress.com

terça-feira, 14 de maio de 2013

Unknown Mortal Orchestra - II (2013)



A tentativa, e a insistência irritante em comparar os Unknown Mortal Orchestra aos Tame Impala tem criado uma grande confusão em reviews e comentários em variados sites que tenho observado. O facto é que, ao contrario dos Tame Impala, Unknown Mortal Orchestra, não são australianos. Tudo começou quando o multi-instrumentista e songwriter Ruban Nielson, Neo-Zelandês, o mentor por detrás do projecto, publicou no seu bandcamp a faixa Ffunny Ffriends, que criou grande burburinho, e rápido deu que falar. Finalmente Nielson reclamou a faixa como sendo pertença do Projecto Unknown Mortal Orchestra, a que se juntaram dois novos musicos norte-americanos de Portland.
Após o álbum homónimo de estreia em 2011, regressam agora em 2013 com "II". E o que podemos encontrar permanece o mesmo que há dois anos atrás. Rock psicodélico, melancólico, lo-fi e caseiro, um pouco de funk, um pouco de soul, e muita alma, romantismo, e que canta a solidão saturada de groove e emoções densas.
Com presença garantida em Paredes de Coura 14 de Agosto, torna-se indispensável a escuta.





Para saber mais

unknownmortalorchestra.com

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Tomorrow's World - Tomorrow's World (2013)


Tomorrow´s World, album homónimo do novo projecto francês, é uma das melhores surpresas no que levamos de 2013. Composto por Jean-Benoît Dunckel dos Air e Lou Hayter dos New Young Ponny Club, primam pelo requinte, pela elegância e inspiração nesta nova aventura. "Tomorow's World" é maioritariamente composto por musicas embora com a electrónica sempre como fundo, mais clamas e melódicas, e altamente expressivas e por vezes desconcertantemente repetitivas como acontece com o portento "So Long My Love". O charme esse é inegável, em especial com o tema interpretado em francês (magnífico) "Pleurer et Chanter". O facto é que não deixará ninguem indiferente após a sua escuta...impressiona pelas diferenças pontuais de tudo o que é convencional, mas apaixona e arrebata pela sua melodia clássica. Excelente companhia e audição obrigatória.





Para saber mais

www.tomorrowsworld.fr/

Midnight Juggernauts - Uncanny Valley (2013)


Os Australianos Midnight Juggernauts parece que se regulam por intervalos de três anos. "Uncanny Valley" sucessede a "The Crystal Axis" (2010), e a "Dystopia" (2007) sempre separados por três anos de intervalo, e convenhamos que três anos é demasiado tempo. O facto é que sempre que regressam, conseguem destaque e o seu lugar de mérito entre as bandas mais refrescantes na pop-electrónica. Contudo o hiato de tempo que se segue sempre a edição dos albuns, leva ao risco de cairem no esquecimento durante demasiado tempo.
Com edição marcada para 17 de Junho já podem saborear a nova proposta por aqui. E vai valer a pena e certamente será uma excelente companhia para o fim de semana que está já ai.



Para saber mais

www.midnightjuggernauts.com/

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Noah And The Whale - Hearth of Nowhere (2013)



"Hearth of Nowhere" editado a 6 de Maio passado, marca o regresso de Noah and the Whale, o que é sempre de saudar.
Nesta nova entrega, observa-se que a temática do tempo é explorada ao máximo ao longo do alinhamento. A melancolia, os relacionamentos mal resolvidos, a sabedoria obtida da maturidade pelo sofrimento...toda esta temática continua bem presente no universo dos britânicos. Neste quarto álbum de estúdio, também a musicalidade pouco se altera, embora a maturidade óbvia de quem tem já uma carreira com provas mais que dadas seja aqui bem observável. Contudo continua bem presente aquele sentimento jovial e inocente que sempre marcou a musica de Noah and the Whale. E ainda bem que assim é.
Em resumo, "Herth of Nowhere" é mais um excelente álbum dos britânicos, que conforme os mesmos o definem, ora serve para dançar outras vezes para chorar, se assim o desejarmos. 





Para saber mais 

www.noahandthewhale.com/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mogwai - Les Revenants Soundtrack (2013)



Se há uma banda que representa com total esplendor todo o universo do post-rock, essa será sempre Mogwai. Donos de uma sonoridade única, capazes de criar atmosferas densas, negras e atemorizantes, mas ao mesmo tempo belas e intrigantes. Não será pois com estranheza que se recebe a noticia que o quinteto escocês decidiu abraçar este projecto, e criar assim uma banda sonora para uma série de zombies (tão em moda actualmente) francesa!. Pois bem, assim, e à primeira vista, este casamento tinha tudo para ter sucesso e surpreender. Mas o resultado final vai bem mais além disso. Apaixona por completo, assombra o nosso espírito, desflora todos os nossos medos latentes na nossa cabeça, com total elegância e simplicidade, e transforma-os em imagens distorcidas e enevoadas, ao som das notas criadas pela maestria de Mogwai.
Pouco importa se "Les Revenants" a serie entenda-se, é boa ou não. "Les Revenantes" a banda sonora, vai, e ainda bem, muito além de uma simbiose que seria natural com a série. Está construído para ser a banda sonora de qualquer filme que passe pela nossa cabeça...isso sim de preferência num dia mais cinzento.
Das 14 faixas que consituem o alinhamento,  destaco claro está, a musica "Portugal" em jeito de homenagem ao nosso país, e por fim a maravilhosa "What are they doing in heaven today" muito a la Spiritualized.
Mogwia é isto mesmo...não sabem fazer má musica...e isso é de louvar.
Obrigatório.




Para saber mais

www.mogwai.co.uk

terça-feira, 7 de maio de 2013

The Thermals - Desperate Ground (2013)



O Rock alternativo está vivo. O indie rock ainda não desapareceu, junto com os nomes que o representavam e que foram desaparecendo gradualmente ameaçando levar este genéro aos limites do banal e ridículo. The Thermals continuam como sempre o fizeram ao longo da última década, a ser um dos máximos expoentes do género.
Sempre com uma raiva latente mas contida como fundo, as guitarras indicam o caminho, tão bem trilhado pelo trio norte-americano. As faixas sucedem-se a um ritmo vertiginoso, sempre mantendo a fasquia bem alta, variando repetidas vezes entre o rock mais alternativo, e o punk rock, fazendo deste Desperate Ground um dos títulos mais interessantes dentro do género (sem com isto querer reduzir este fabuloso trabalho) do corrente ano.



Para saber mais

www.thethermals.com

terça-feira, 23 de abril de 2013

Sing Fang - Flowers (2013)



Se antes falava de  Ólafur Arnalds, agora continuamos pelas pela gélida mas bela Islândia para encontrar-mos com Sing Fang, que é o mesmo que dizer Sindri Már Sigfússon, o líder dos maravilhosos Seaber, que regressa este ano novamente com o seu projecto paralelo. A produção ficou a cargo de Alex Sommers, talentoso produtor que trabalha regularmente com Sigur Rós, e com Jonsi.
Flowers é uma chamada de atenção ao nossos sentidos. É uma explosão de cor, um abraço caloroso melódico, luminoso, que apetece agora, em que os dias começam a ficar mais amenos. Uma excelente proposta para explorar, no sentido de o sentir e viver. Flowers é a proposta mais segura de Sing Fang, e não desiludirá o mais incauto que o coloque em Play sem se dar conta.




Para saber mais

www.heysinfang.com/

Ólafur Arnalds - For Now I am a Winter (2013)



Um dos, senão o melhor compositor neo-clássico da actualidade, no final do ano passado informou que iria abandonar a Erased Tapes (discográfica que representa Peter Broederick, Nils Frahm entre outros) onde fez toda a sua carreira desde que despontou em 2007, e assinar pela Mercury Classics. Ora esta mudança anunciada para um selo mais comercial e menos maneável criou uma natural preocupação que a musica de  Ólafur pudesse de algum modo sofrer com algumas imposições de carácter exclusivamente comercial.
A mudança é certo que ocorreu, e é notória. Contudo não foi, como não teria de ser necessáriamente negativa. As grandes alterações no universo musical de Ólafur foram essencialmente duas. Desde logo a inclusão pela primeira vez de vocais em algumas musicas, contando para isso com a esplêndida e assombrosa colaboração de Arnor Dan. A segunda prende-se com a perda de importância do piano na maioria das composições para dar maior destaque ao violino.
No final, fica-se com a sensação que a decisão de Ólafur foi acertada. A evolução terá sido no sentido certo, a musica continua a transportar uma carga sentimental como sempre nos habituou, continua a fazer-nos sonhar, viajar, e sorrir em paisagens e mundos que de outra maneira a nossa mente não conseguiria materializar.
Obrigatório.




Para saber mais 

olafurarnalds.com/

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Dawn McCarthy and Bonnie Prince Billy - What The Brothers Sang (2013)


Sempre que o nome de Bonnie Prince Billy aparece associado seja ao que for, isso deverá, e será sempre alvo de uma especial atenção neste espaço. Embora fosse mais entusiasmante um trabalho inédito de um dos mais profícuos autores actuais, este projecto a meias com Dawn McCarthy nada deixa nada a desejar.
"What the Brothers Sang", não é mais do que uma homenagem aos Everly Brothers que deixaram a sua marca nos idos anos 50-60. Como deixa antever a capa algo inusual, o album é talhado todo ele com um objectivo de reviver através da reinvenção e revisitação a nostalgia que a musica dos Everly Brothers deixou em ambos cantautores. E isso conseguem-no com total sucesso, tema após tema, relembrando temas menos conhecidos do publico que assim resurgem e regressam pelas mãos e vozes talentosas de Bonnie e Dawn.
Obrigatório.



Para saber mais.

www.dragcity.com/artists/dawn-mccarthy-and-bonny-billy

terça-feira, 19 de março de 2013

R.I.P. Jason Molina (1973-2013)

















It´s easier now. Fore sure. Farewell...
                                                ...and good luck. We´ll miss you.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Starfucker - Miracle Mile (2013)



Starfucker, anteriormente conhecidos por Pyramid e/ou Piramidd, actualmente STRFCKR, regressam este ano com "Miracle Mile". Por questões de coerência com o passado e com as mensagens sobre a banda, anteriormente publicadas neste espaço, continuarei teimosamente a usar o nome Starfucker e não outro qualquer.
Donos de uma sonoridade impecável, ritmos de fácil textura, letras que se enrolam na nossa mente, Starfucker vão conduzindo a sua carreira de uma forma segura e concistente, apesar das constantes mudanças de nomenclatura. "Miracle Men" sucede ao menos bem conseguido e mais inconstante "Reptilians" (2011) e remete-nos para o inicio da carreira do quarteto norte-americano, e ainda bem que assim é. Trata-se do trabalho mais seguro e mais maduro da banda, onde se percebe que todos os pormenores não foram deixados ao acaso.
Um album indispesável este ano, e uma ode à electrónica que caminha sempre de mãos dadas com a pop.

Para ouvir (apagar a seguir) e comprar
Uploaded



Para saber mais 

starfucker.bandcamp.com 

http://indiegalia.blogspot.pt/search/label/Starfucker

Suuns - Images du Futur (2013)



Passado o efeito surpresa que provocou "Zeros QC", chega a 5 de Março "Images du Futur". E a surpresa dá agora lugar à certeza de que Suuns estão realmente talhados para voos mais elevados. Embora a fórmula seja repetida, e embora este "Images du Futur", sem nunca desiludir, bem longe disso, provoque uma ligeira sensação de que algum travão na irreverencia dos Canadianos foi instituido, provavelmente pelos próprios, por forma a tornar a sua musica um pouco mais acessível, é um álbum superior e diferente de tudo o que circula no meio musical. Sem nunca ser superior a "Zeros QC", é certo, o novo "Images du Futur", provoca uma amalgama de sentimentos e euforia que so o Art Rock electrónico de Suuns parece hoje por hoje capaz de provocar.
Obrigatório.

Para ouvir (apagar a seguir) e comprar
Uploaded



 Para saber mais

http://secretlycanadian.com/artist.php?name=suuns

http://indiegalia.blogspot.pt/search/label/Suuns

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Cloud Cult - Love (2013)



Regresso dos Veteranos Cloud Cult após três anos de intervalo. E que grande regresso. "Love" é, e sendo o mais redutor possível, maravilhoso. Cloud Cult fazem do indie folk experimental a sua grande bandeira, e usam-na como verdadeiros mestres. Instrumentalmente evoluido, "Love" está talhado para ser um dos grandes momentos musicais do ano.
Será editado a 5 de Março, mas já poderá ser escutado por aqui.



Para saber mais

www.cloudcult.com/

Veronica Falls - Waiting For Something To Happen (2013)



Indie pop na mais pura vertente que se pode encontrar hoje, inocente, jovial, e a remeter-nos para os 90. É assim "Waiting for Something To Happen", segunda entrega do quarteto Veronica Falls. Sente-se um apelo nostálgico latente e altamente contagiante, e uma simplicidade que torna a audição extremamente agradável. Veronica Falls dificilmente algum dia evoluirá para algo mais do que este pop-retro simples, e de fácil consumo. Contudo e por agora esse consumo torna-se extremamente viciante, mas dificilmente perdurará no tempo. Independentemente de tudo isto, e à semelhança do seu homónimo album de estreia, a escuta e a apreciação de Veronica Falls é bastante aconselhável.




Para saber mais

veronicafalls.com/

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Foxygen - We Are the 21st Century Ambassadors of Peace and Magic (2013)




Segundo album de originais da dupla norte-americana, e o esperado consolidar de uma das revelações de 2012. "We are 21st Century Ambassadors of Peace and Magic" (título desde logo bastante convidativo e sugestivo) marca o evoluir da banda e o consolidar da sua sonoridade característica, rebuscada nos idos anos 70, e no seu psicadelismo e pop barroco inconfundível.
Vale a pena explorar, e ainda mais quando se avizinha uma visita ao nosso país, ja na primavera, mas concretamente ao Primavera Sound na cidade do Porto.




Para saber mais

foxygen.bandcamp.com

Low - The Invisible Way (2013)

 
Disponível apenas a 19 de Março "The Invisible Way" já toca por cá desde o inicio deste ano. E seguramente tem-se perfilado com um dos grandes momentos musicais dos ultimos anos. O album que celebra os vinte anos de carreira da banda norte-americana, é efectivamente um portento, e inesperadamente assumiu em pouco tempo um papel fundamental no meu inicio de ano, apaziguando alguma turbulência, com a sua sonoridade tão bela quanto sombria, tão suave quanto rugosa. Com uma sensibilidade única e uma simplicidade mágica, embala-nos para longe de tudo o que nos sobressalta a mente, e faz sobressair o melhor do que nos rodeia e o melhor de entre tudo o que nos forma.
Brilhante e absolutamente obrigatório.



Para saber mais

http://www.subpop.com/artists/low

http://chairkickers.com/

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Musicas Que Inspiram Uma Vida

Ninguém é perfeito. E eu, vivo longe do limiar dessa utopia.
Nada é perfeito. E só a criação de tal realidade correria o risco de por si só se tornar aborrecida, ousam alguns pensar. Eu não sou perfeito, nem as minhas acções o são. Mas, só assim, só dessa forma posso embarcar na mais maravilhosa e admirável aventura de melhorar a cada dia, a cada momento, e afirmar com afinco e orgulho que a tentativa de tal ocorre com total empenho e satisfação.
Em cinco anos, aprendi que a verdadeira virtude, essa, reside singularmente reduzida à simbólica mas herculanea de tornar as nossas fraquezas, os nossos detalhes que nos tornam peculiarmente imperfeitos, nas nossas forças e virtudes mais oníricas  orgulhosas de o ser.
Em cinco anos aprendi que ninguem é demasiado grande para aprender, assim como ninguém deverá ser considerado demasiado pequeno para ensinar. Não interessa o que, nem como. E mais uma vez, isto aprendi-o de ti. Saber ultrapassar os obstáculos que se atravessam constantemente, absorve-los, aprender disso com isso, e aproximar-nos o mais poossivel dessa dita e presumivelmente inalcansável perfeição. Impossivel, ou improvável, assim como um caminho limpo de surpresas. E ainda bem que assim é, porque no final só o amargo nos permitirá saber distinguir e saborear, a cuidar, a perdurar e almejar o doce que se conquistou. 
No fim tudo se resume a como escolhemos percorrer o nosso caminho. Eu há muito que escolhi ter-te a meu lado nessa viagem. E so por se ter tornado possivel, também a perfeição se materializou diante de mim. E o medo, os medos e os receios, desapareceram por completo. Só tu mitigas e camuflas as minhas imperfeições em impossíveis parábolas feitas metáforas de belos puzzles. Admirável e imensurável o poder que sinto a teu lado.
A perfeição não existe...
Há cinco anos que percebi a falsidade desta afirmação. Porque a meus olhos ela existe, e presencio-a constantemente. Em pequenas e grandes coisas. Presencio-a a cada novo renascer. O que representas tornou-se perfeição e eu aprximo-me dela como nunca em ti. E deixei de ser céptico.A beleza de estar aqui, agora, neste mesmo ponto do nosso percurso sem olhar para trás ou para a frente é a perfeição. E não sentir medo, nem estar em outro qualquer ponto ou momento. É perceber o que ainda falta e sentir o nervosismo de o querer conquistar. Saber que se vai conquistar. É a perfeição, e é só nossa.

A perfeição existe e eu já a encontrei.

Cinco anos. Um novo renascer. O mesmo amor.


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