sexta-feira, 25 de outubro de 2013

The Mowgli's - Waiting For The Dawn (2013)



Uma das grandes revelações de 2013 são estes Norte-Americanos. The Mowgli's chegam com "Waiting For The Dawn", e apresentam um conjunto de 14 canções solarengas, extrovertidas, apioadas numa complexa instrumentação proveniente dos oito musicos que formam a banda, e ainda nos refrãos folk tão característicos. A mensagem essa, é sempre positiva, o que só torna o album ainda mais leve.
"Waiting For The Dawn" é simplesmente tudo aquilo que um album indie pop-folk deve ser. Multiinstrumental e letras fortes, bem composto, e emotivo. Um excelente proposta e uma das grandes surpresas até ao momento.



Para saber mais 

themowglis.bandcamp.com

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Stronoway - Tales From Terra Firma (2013)



Oriundos de Oxford, os Stornoway apresentaram este ano o seu segundo trabalho de originais "Tales From Terra Firme". Num momento em que editam um novo mini-álbum "You Dont't Know Anything", preferi destacar o full-album editado na primeira metade deste 2013. Com um indie folk apelativo, "Tales From Terra Firme", é conforme o nome indica, um álbum de histórias. Histórias de vida, de nascimento, de mudança e de morte. Reflecte uma visão de experiências de vida comuns, mas intensas, onde o tema central é a passagem do tempo, contínuo e constante. Poderá dizer-se que nos tenta desmistificar através da musica, a experiência humana da própria existência e de tudo o que ela significa, seja com elementos e características menores, ou mais abrangentes. Esse entusiasmo pela aventura é bem patente pelo alinhamento do álbum, pela entrega e pela carga emotiva de cada uma das faixas, que termina com o portento "November Song", sem dúvida o binómio literário/musical mais impressionante deste ano, pela simplicidade com que transmite a emoção e o medo da mudança.
Em resumo, "Tales From Terra Firma" é um álbum de musicas folk sólidas, mas que não se coíbe de arriscar quando necessário a explorar sonoridades diferentes. Mais uma excelente proposta que nos chega da editora 4AD.



 Para saber mais 

www.stornoway.eu

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mark Kozelek & Jimmy LaValle - Perils From The Sea (2013)



Mark Kozelek e Jimmy LaValle juntam esforços, ou o que é o mesmo que dizer, Sun Kill Moon e The Album Leaf juntos, para nos oferecerem "Perils From The Sea".
A combinação é perfeita. Se Mark Kozelek sempre experimentou um facilidade de escrita de canções assombrosa nos vários nomes que tem assumido, LaValle entende isso perfeitamente, e torna a atmosfera em redor dessa criação mais espeça, mais consistente, mais abstracta também e com uma abordagem mais minimalista e impressionista do que nos habituou com o "seu" The Album Leaf.
Predominantemente melancólico e algo negro, "Perils From The Sea" é, pelo menos à primeira vista um registo que pega em vivências de ambos músicos, e que tenta ao longo do alinhamento contar histórias de forma tão delicada e subtil, que só mesmo com uma parceria deste calibre permitiria.
Recomendado para as longas e frias noites, em que nos apresentamos tão pequenos num mundo tão vasto e assustador. Obrigatório para nos embalar num crepúsculo mais ameno e plácido.




Para saber mais 

www.sunkilmoon.com

www.thealbumleaf.com

Explosions In The Sky & David Wingo - Prince Avalanche OST (2013)



Explosions In The Sky possuem o dom de criar as mais belas composições musicais que podem ser ouvidas. Assumem uma sensibilidade e visão como poucos alguma vez conseguiram, e constroem uma realidade crua adornada dos mais belos enfeites e emoções. Explosion In The Sky criam sempre um explosão de sensações a quem decide mergulhar no seu universo. Criam com sentido, e contam-nos uma história sem letras, palavras ou frases. Explosions In The Sky possuem o dom. O dom de captar mensagens e transforma-las em musica, torná-las totalmente compreensíveis a quem assim deseje, com um altruísmo do mais sincero e honesto que se pode encontrar hoje.
Posto isto, são demasiadas as razões para serem enumeradas, e que justificam a audição atenta de "Prince Avalanche", banda sonora original do filme homónimo, remake do islandês "Á Annan Veg (2011)", e em parceria com o compositor David Wingo (Podrida Ola). "Prince Avalanche" marca o regresso da banda após o maravilhoso "Take Care, Take Care, Take Care (2011)", e é pautado por composições mais intimistas e introspectivas.
O rock intrusmental dos Norte Americanos foi tantas vezes apelidado de Cinematográfico, que assim se justifica esta nova aventura na construção musical em exclusivo para uma obra do cinema, após a primeira aventura em "Friday Night Lights OST (2004)". O efeito é como sempre fenomenal, catártico como nos habituou. O resultado final no filme pouco importará, porque como álbum atinge uma vez mais a perfeição.
Obrigatório.




Para saber mais 

http://www.explosionsinthesky.com/

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Clap Your Hands And Say Yeah - Little Moments Ep




Num momento em que a aborrecida e longa discussão sobre a nova abordagem musical dos Arcade Fire divide as opiniões, eu remeto-me ao silência desinteressado, mas analisando a crítica mais especializada, que muito tem elogiado esta alteração, esta evolução sonora dos canadianos. Contudo o egoísmo e bipolaridade da crítica tende a ser tanto maior quanto maior o reconhecimento que por vezes lhe é dado. Enfim...consequências do tempo que vivemos, a alta velocidade sem tempo de olhar para o lado e reflectir.
Esta introdução tem uma razão de ser, e está intimamente relacionada com a edição de Little Moments, dos norte-americanos Clap Your Hands Say Yeah, ou CYHSY, uma das bandas mais queridas por aqui, desde há muito anos. Pois bem, Little Moments marca uma tendencia, não nova, mas mais vincada, um novo conceito na musica de CYHSY, dando mais atenção à electrónica, mas não tão bem recebida por certas facções da crítica. Estranho. Little Moments abre caminho a um novo album mais lá para a frente (Janeiro 2014), que marca o regresso após Hysterical (2011), e após a saída de dois elementos da banda. CYHSY demonstram que estão vivos e recomendam-se.




Para saber mais

www.clapyourhandssayyeah.com

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Fuck Buttons - Slow Focus (2013)



Andrew Hung e Benjamin Power regressam após quatro anos de silêncio com Slow Focus, pondo fim a uma espera que já se fazia eterna. Fuck Buttons estão de volta após os brilhantes "Street Horrsing" (2008) e "Tarot Sport" (2009), e é deles a grande influencia na minha banda sonora este último verão.
A primeira impressão que deixa este Slow Focus, é que há claramente uma evolução, e um corte com o passado mais excêntrico e pouco conceptual do duo. O facto é que o ruído de Street Horrsing desvaneceu-se assim como as desconstruções de Tarot Sport. Slow Focus é certamente mais convencional, como se de uma solução para a experimentação passada se tratasse. O alinhamento encontra a lógica desta vez, e a construção das musicas é sem dúvida melhor resolvida. Não melhor ou pior, apenas diferente. 
A experimentação é constante e altamente expressiva, na forma magistral como tornam rock progressivo em electrónica e vice-versa. Límpido e épico, as faixas sucedem.se numa lógica imediata, que nos arrebata para um história que parece querer contar e que se materializa na nossa mente. Não deixará ninguém indiferente certamente, com as suas faixas longas mas progressivamente velozes e mais velozes a medida que contador de segundos avança. As camadas sucedem-se ao ritmo certo. 
Extrovertido ou introvertido, pouco importa, adequa-se ao estado de espírito presente, pois o espaço-tempo tão particular que cria, é de tal forma vasto, que basta a nossa imaginação acompanhar o crescendo emocional do álbum, para a viagem se tornar inesquecivel uma e outra vez.
Obrigatório.




Para saber mais 

fuckbuttons.com
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