sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

IndiePendente TOP20 2014: 10º-01º

Continuando com a lista dos melhores de 2014, fica aqui agora a lista dos que considero os melhores 10 albuns que o ano nos ofereceu.


10º My Brightest Diamond - This Is My Hand





09º FM Belfast - Brighter Days





08º Architecture In Helsinki - NOW + 4EVA





07º Dry The River - Alarms In The Heart






06º Wild Beasts - Present Tense





05º New Madrid - Sunswimmer




04º Kiasmos - Kiasmos







03º Mogwai - Rave Tapes






02º King Creosote - From Scotland With Love






01º Cloud Cult - Unplug



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

IndiePendente TOP20 2014: 20º-11º

Apesar de o IndiePendente neste ano de 2014 ter passado a maior parte do tempo em lume brando e em auto-gestão pelas mais variadas razões, é mais do que legítimo fazer um balanço do ano, começando desde já, como tem sido norma, pela enumeração dos melhores albuns, sempre claro numa opinião muito pessoal.


20º Ramesh Srivastava - The King




19º Hamilton Leithauser - Black Hours





18º Simian Mobile Disco - Whorl





 17º Kevin Drew - Darlings





16º Gala Drop - II



15º Caribou - Our Love





14º We Are Enfant Terrible - Carry On





13º The Hidden Cameras - Age




12º Perfume Genius - Too Bright

 
11º Avi Buffalo - At Best Cuckold



terça-feira, 23 de setembro de 2014

Avi Buffalo - At Best Cuckold (2014)


Regresso dos Californianos Avi Buffalo após quatro anos de silênco. "At Best Cuckold" (tradução livre nada simpática) vem no seguimento album homónimo seu antecessor. Contudo percebe-se um maior cuidado nas composições, como seria de esperar. Aqui o amadurecimento óbvio de uma banda aplica-se na perfeição, se considerarmos que aquando da sua estreia os elementos ainda não tinham entrado na casa dos vinte.
Com "At Best Cuckold", Avi Buffalo regressa com o pop por vezes a abraçar o folk, outras vezes o psicadélico, regressa com as suas letras estranhas, esquizofrénicas por vezes, e regressa para confirmar que são um valor seguro e uma das bandas mais refrescantes da actualidade.



Para saber mais 

http://indiegalia.blogspot.pt/2010/06/avi-buffalo-avi-buffalo-2010.html

www.avibuffalomusic.com

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Stanley Brinks & Freschard - Pizza Expresso (2014)



Com um grande número de albuns já no seu haver, o compositor Stanley Brinks surge agora em colaboração com a songwriter francesa Clémence Freschard, para um álbum de duetos extremamente competente.
Pizza Expresso é um agradável conjunto de canções folk simplistas, mas absurdamente agradáveis. É o album que soa ideal na estrada, ou naqueles finais de dia, em que agradecemos que estes tenham chegado ao fim, e precisamos de ouvir algo que nos acalme a alma. Pizza Expresso torna-se uma audição fácil e suave, atravessamos o alinhamento todo sem quase nos darmos conta, e isso só poderá ser bom.
Estamos perto do fim do Verão, um Verão atípico, demasiado morno e tímido, e por isso é sempre bom encontrar um album que parece feito para esse Verão que inicialmente teriamos imaginado. Esta obra seria certamente uma excelente banda sonora para um estação quente idealizada por todos ao início. E assim a cada nova audição, o Verão teima em continuar, nem que seja por mais um momentos.
Podem ouvir o alinhamento completo aqui.


 
Para saber mais

http://wiaiwya.bandcamp.com/album/pizza-espresso

terça-feira, 16 de setembro de 2014

My Brightest Diamond - This Is My Hand (2014)



Regresso ao blog, apadrinhado pela novo album dos My Brightest Diamond.
"This Is My Hand" é o terceiro album de originais do projecto da multi-intrumentista Shara Worden, mentora do projecto, e deslumbra mais uma vez, à semelhança dos titulos anteriores, sem nunca cair na repetição.
Vários elementos são novamente misturados, coisas que à primeira impressão não soariam bem juntos. Contudo My Brightest Diamond são exímios nessa tareda, como já têm vindo a provar desde que estão no activo. Por vezes parece uma mini-orquestra ou mesmo uma fanfarra, outras vezes flui espontâneamente embarcando no clássico, no pop e na electrónica. Enfim um album obrigatório, de um dos grandes nomes na actualidade, que com este "This Is My Hand", assinam seguramente um dos melhores albuns de 2014.
De referir que o album se encontra para escuta integral aqui.




Para saber mais

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/11/my-brightest-diamond-all-things-will.html

http://www.mybrightestdiamond.com/ 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A Escuridão Procura Escuridão - Sessão de lançamento




Decorreu no passado dia 31 de Maio, no café "Era Uma Vez Em Paris", na baixa Portuense, a sessão de lançamento da obra literária "A Escuridão Procura Escuridão", da autora Sónia Ferraz da Cunha, sobre o qual já havia escrito aqui.

Relembro que a obra pode ser adquirida em qualquer fnac, no site da editora Chiado, ou a pedido para este blog ou para o blog da autora thesoundhemakes.blogspot.pt.

A pedido da autora, realizei um pequeno discurso na abertura da sessão, o qual transcrevo  em parte neste espaço, em jeito também de crítica à obra.

"(...)
(...) O que me traz aqui, a pedido da autora, não é mais do deixar-vos apenas umas palavras. Ao ínicio o tema que deveria expor não era claro. Contudo essa dúvida dissipou-se assim que iniciei a leitura da obra."
(...) Decidi ser a melhor opção debruçar-me sobre a mensagem implícita na trama, do ínicio ao fim, e que funciona como grande espinha dorsal do evoluir da história.

A obra convida desde logo a um exame interior, a um exame aos valores que nos são intrínsecos, e sobre aqueles que culturalmente e insistentemente nos são impostos. Assim cada um , e à sua maneira deverá ser capaz de realizar essa introspecção, e as conclusões serão óbviamente pessoais e subjectivas à experiência e vivência de cada um. As minhas conclusões forma imediatas.
O livro toca por variadas vezes em temas sensíveis e alvos de debate aceso e que assistimos diáriamente. Particularmente no meu caso, o livro converge de imediato para aquilo que depreendo da vida, e de acordo com aquilo que acredito, deveria ou poderia ser regra.

Remete-se ao não convencional, sem desmerecer ou ser pretensioso em momento algum, é súbtil na forma como abraça a causa que defende. Ai identifico-me por completo com aquilo que nos transmite a sua leitura. Leva-nos para zonas perigosas e sensíveis do preconceito, estereotipo, do juízo fácil e efémero.

A meu ver, liberdades pessoais e individuais nunca serão de mais, isso é um facto que ninguém pode, ou deveria negar. Hoje podemos considerar-nos uns privilegiados, contudo um privilégio volátil, pois assistimos a uma sociedade cada vez mais global, que por um lado caminha para uma maior estratificação e futilidade bruta, que ainda a obriga a viver de medos, mas por outro lado assistimos cada vez mais ao respitar e avançar de mais e novas liberdades e justiça, e a isso muito se deve a todo e cada que nela, liberdade, acredita, e ainda mais a quem a partilha da maneira que melhor lhe aprouver. Seja em prosa, seja de outra forma qualquer.

O juízo, a introspecção que referi, e a que somos convidados quando interpostos com estas temáticas, cabe a cada um de nós,  mas o juízo deve ser primáriamente interior, e só assim s e tornará desinteressado para o exterior.

A livre escolha, é outra liberdade absoluta que a obra retrata. Ninguém pode escolher por nós.(...) A escolha de resolver os problemas, de os encarar, ou a escolha de adiar a sua resolução. A escolha da verdade sobre a mentira, a escolha da honestidade e de lutar por quilo que acreditamos ser certo, mesmo que não o pareça ser numa primeira análise (...).

Assim, em conclusão. agradeço à autora por transportar tão nobres valores para a sua obra, e a partilhar com o mundo, e com quem do mundo a quiser receber. Agradeço por nos ter apresentado todas as personagem que desfilam pelas páginas, e que nos oferecem tanto. E fianlamente por nos ensinar que sim, é um facto, a escuridão só deverá atrair ainda mais escuridão, mas que se seguirmos o nosso coração, se decidirmos arriscar, no fim na penumbra, sempre encontraremos uma luz que nos irá abraçar.

Nada é mais aborrecido do que o convencional, o estereotipado e o imposto, que o nunca ter sentido receio, medo do desconhecido, medo das opções, receio da mudança. Acredito que nínguem deveria querer viver assim.

(...)

Um bem-haja."

sexta-feira, 16 de maio de 2014

OPS 2014

Já com a Primavera bem avançada, caminhamos a passos largos para o festival que tão bem adoptou esse nome. Estamos a vinte dias do arranque do Optimus Primavera Sound, e por aqui já estão mais que defenidos os nomes que não vão passar em branco!
Boas musicas e bom fim de semana para todos.

Mogwai
A estrearem o novo Rave Tapes, Mogwai promete ser um dos momentos altos do OPS. Após o brilhante concerto de 2011 já taradava o regresso a terras lusas.



Jagwar Ma
Trazem na bagagem Howlin, e toda a irreverência das novas tendências do psicadelismo australiano. Passaram em Paredes no ano passado como promessa, regressam este ano como certeza.



Darkside
Nicolas Jaar e Dave Harrington oferecem-nos as sua visão escura da música com retoques sintécticos e misteriosos.



Goodspeed You! Black Emperor
Autêntica orquestra em palco, os canadianos regressam após demasiados anos no anonimato, para um concerto que promete ser memorável.



Midlake
Regressam após passagem discreta em Paredes de Coura. Na altura com o pouco concensual "The Courage Of Others", este ano com o acréscimo do bem melhor recebido "Antiphon".



Pixies
Dispensam apresentações. Regressaram este ano à musica com o fantástico "Indie Cindy" após 23! anos de silêncio.


John Grant
Autor imprescíndivel e clássico moderno. Deixou melhores impressões por aqui com o album de estreia "Queen Of Denmark" do que popriamente com o sucessor "Pale Green Ghosts".



Neutral Milk Hotel
Outros que dispensam apresentações! Imperdível e oportunidade única de ver reunida um marco do indie-rock norte americano dos noventa.



Trentemøller
Talento inegável do produtor dinamarquês. Traz na bagagem o novo album Lost.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Birds Are Indie - Love is Not Enough (2014)




Há já muito que pretendia escrever sobre Love is Not Enough, editado em Janeiro, mas essa pretenção vinha sendo adiada pelas mais variadas razões.
Birds Are Indie são um rapaz e uma rapariga, Joana e Jerónimo, um casal apaixonado de coimbra, a que mais tarde se juntou um amigo, Henrique. Juntos cantam músicas sarapintadas do folk mais suave e simpático que se pode escutar, dócil e delicado e despretencioso.
A fazerem música desde 2010, "Love is Not Enough" denota uma real evolução da musica do trio, com composições bem mais cuidadas e mais intrumentalizadas. Globalmente o projecto e este novo album não foge à regra, é algo rudimentar, e desvirtuozo, o que só lhes dá mais magia à honestidade com que nos é apresentada a cada tema. Os vocais enquadram-se na musicalidade na perfeição, com a voz mais varoníl de Jerónimo, muito a lembrar um Leonard Cohen, a rivalizar com o timbre delicado de Joana.
No fim cada nova musica dos Birds Are Indie enche a medida dos nossos corações com a sua honestidade e simplicidade. Uma excelente proposta.
Podem ouvir todo o album aqui.



Para saber mais 

http://birdsareindie.bandcamp.com

birdsareindie.blogspot.com

http://indiegalia.blogspot.pt/2012/12/birds-are-indie-how-music-fits-our.html

terça-feira, 13 de maio de 2014

First Breath After Coma - The Misadventures of Anthony Knivet (2013)



Voltando as atenções para o que de mais interessante se tem feito nos últimos meses na musica portuguesa, há um nome que merece desde logo uma atenção especial.
First Breath After Coma, remete-nos desde logo para a maravilhosa canção dos Explosions in The Sky, e deixa logo uma curiosidade se existirá aqui algum tipo de coincidência, ou pelo contrário se se trata de um paralelismo intencional. Bom, essas dúvidas logo se dissipam com o inicio da escuta de "The Misadventures of Anthony Knivet". A convergência musical, e as semelhanças e influências da musica dos Explosions in The Sky nestes leirienses são mais do que óbvias.
The Misadventures of Anthony Knivet, álbum livremente inspirado na história de um corsário inglês do século XVI do título, que foi capturado e feito escravo pelos portugueses, fugiu e acabou a viver com uma tribo no brasil e que passaria ainda por África antes de voltar a Inglaterra para escrever as suas memórias, pode ser escutado na íntegra aqui.
O alinhamento do album segue sempre seguro e dentro do universo post-rock mas tentando fundi-lo com uma pop intimista muito ao estilo de sigur rós. A maturidade numa banda tão jovem surpreende, faltando-lhe apenas ainda consolidar a promessa que hoje são, para entrarem na memória colectiva da musica nacional.
Para já, são dos nomes mais refrescantes e interessantes da nova música portuguesa, e uma excelente proposta.



Para saber mais

http://omnichordrecords.com/pt/artistas-2/first-breath-after-coma-2/

http://fbac.bandcamp.com/album/the-misadventures-of-anthony-knivet

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Wild Beasts - Present Tense (2014)


 
2014 será inevitávelmente marcado também pelo regresso aos albuns dos Wild Beasts, com Present Tense,  que sucede a Smother (2011).
Wild Beasts, ao longo dos últimos anos, foram com todo o mérito, consolidando uma carreira que foi crescendo gradualmente assim como a maturidade sonora da banda.  A cada novo disco, a banda parece acrescentar elementos novos e cada vez mais complexos às suas composições, o que só demonstra o génio destes britânicos, evitando assim com maestria, que esta fórmula tão particular e tão pessoal, se esgote ou esfume por entre repetições.
Em Present Tense, as músicas tornam-se mais profundas, mais pesadas no bom sentido, contribuindo muito para tal o maior uso de sintetizadores. O resultado final continua entre o épico e o grandioso. Para perceber isto basta começar a escuta do album, que abre logo com Wanderlust, uma faixa estonteante que nos obriga a continuar, e a aceitar este Present Tense como um dos grandes albuns do ano.





Para saber mais 

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/07/wild-beasts-smother-2011.html

wild-beasts.co.uk

sexta-feira, 9 de maio de 2014

The Hidden Cameras - Age (2014)


 
Contam já treze anos de carreira, mas há cinco que estavam calados. 2014 marca o regresso dos canadianos The Hidden Cameras, com Age.
The Hidden Cameras emergiram há muito na cena indie canadiana, onde despontariam também nomes como Arcade Fire, ou Broken Social Scene. A banda era auto denominada como seguidora do "gay church folk music" seja lá isso o que for, mas que deixa desde logo antever uma certa imagem provocatória, que sempre se fez sentir, mas agora com Age, algo mais ponderada. A musica de Hidden Cameras sempre assumiu uma costela activista LGBT com uma alma folk que se entrega depois a arranjos mais exuberantes. Essa tendência observa-se também em Age, mas agora aberto a novos horizontes, não só na temática que é expandida, como também na sonoridade, com uma aproximação óbvia às electrónicas, transformando-se em algo próximo de uma pop clássica contemporânea.
Da escuta atenta do alinhamento podemos concluir que esta mudança ainda não está completamente arrumada. Se Age começa impressionante como "Doom" e "Gay Goth Scene", este perde algum fulgor na medida que caminhamos para as faixas finais. Contudo o caminho a seguir parece claro e deixa antever ainda muitos anos de qualidade certa por parte destes canadianos.




Para saber mais

thehiddencameras.com

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cloud Cult - Unplug (2014)



A verdade é que nunca fui grande admirador de albuns ao vivo. Para mim, musica ao vivo, deve ser isso mesmo, e experimentada ao vivo, enquanto que musica em casa deve ser primordialmente música de estúdio. Contudo, e como em tudo, há sempre as excepções para confirmar as regras.
Este Unplug, que reúne alguns dos grandes êxitos dos norte-americanos Cloud Cult, que fazem música há uns respeitáveis vinte anos, além de ser gravado ao vivo, e composto totalmente por versões acústicas, é defenitivamente a regra que confirma a excepção como referia em cima.
Unplug é maravilhoso, uma obra prima, e seguramente das melhores coisas que tenho ouvido nos últimos anos. Tem ocupado os meus ouvidos incessantemente pelas últimas semanas, aplicando-se a diversos contextos.
A selecção das músicas não terá sido ao acaso, pois todas elas possuem em comum um denominador, que é a mensagem que a banda sempre tentou transmitir: uma mensagem filosófica, de auto ajuda e auto motivação, qualquer coisa do género de uma ferramenta de construção e evolução para uma alma mais bela. A luta por manter a cabeça à tona, mas ao mesmo tempo a satisfação de continuar dentro de água a nadar. Cantam a vida tal como ela é, complicada na sua bela simplicidade.
As musicas torna-se neste Unplug, mais harmoniosas, mais profundas, sente-se o contrabaixo, o violino, a guitarra, do banjo, enfim sente-se o folk, sente-se a falta da bateria, mas não do ritmo. Sente-se falta de mais quando chega ao fim, fica a dúvida de como ficaria aquela outra música em versão acústica, pergunta-se o porque de não ter sido incluida, sente-se falta de ouvir outra vez aquela que ficou no ouvido. E repete-se uma e outra vez, porque Unplug é uma obra prima, e sem dúvida uma das pérolas de 2014.
Obrigatório.




Para saber mais

http://indiegalia.blogspot.pt/2013/02/cloud-cult-love-2013.html

www.cloudcult.com

terça-feira, 6 de maio de 2014

FM Belfast - Brighter Days (2014)


Regresso dos islandeses FM Belfast, com "Brighter Days", o terceiro álbum de originais da banda, e regresso da alegria sonora vinda de latitudes tão a norte.
FM Belfast, são hoje em dia, uma das bandas que melhor interpreta o pop-electrónico despreocupado e honesto. Enquanto lia noticias relacionadas com a banda, deparei-me com a melhor definição para a musica da banda. Segundo Andri Snaer Magnasson (três vezes vencedor do prémio literário islandês), este tem de assistir a um concerto dos FM Belfast pelo menos a cada seis meses, de acordo com uma recomendação médica! Seguramente a música dos FM Belfast será um prescrição acertada, para o tratamento quer de doenças do foro psicológico, como sejam depressões, quer físicas, pois será certamente uma aplicação melhor que qualquer fisioterapia, ou pelo menos bem mais animada.
Por outro lado, FM Belfast, será dentro do género e dada a qualidade que lhes assiste, uma das bandas mais subvalorizadas e desconhecidas da maioria, infelizmente. Contudo a banda luta pela sobrevivência, e este Brighter Days é disso mesmo prova, e que no fim só nos pode colocar um sorriso na boca, e aliviar o peso dos dias cinzentos que se sucedem, e que se tornam mais brilhantes com a audição deste album.
Obrigatório.



Para saber mais 

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/06/fm-belfast-dontt-want-to-sleep-2011.html

fmbelfast.com

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Architecture In Helsinki - NOW + 4EVA (2014)



Não é segredo que estes australianos são uma das bandas mais queridas por estas bandas. Ao longo dos anos, Architecture in Helsinki tem gradualmente perdido elementos, que outrora lotavam por completo o palco, com uma panóplia inusual de insrumentos, e consequentemente, ou não, o fulgor extravagante e despreocupado, e por vezes até esquizofrénico de outrora, foi-se desvanecendo de igual modo.
Esta tendência já foi sentida em Moment Bends (2011), e agora ainda mais em NOW + 4EVA, onde as composições da banda seguem por caminhos bem mais seguros e convencionais. Cada faixa da nova entrega da banda, pauta-se por uma maturidade agora mais evidente, e uma parcimónia evidente e claramente intencional.
Muitos têm insistido em fazer comparações com a emancipação dos Metronomy pós- "The English Riviera", mas perdoem-me a arrogância, a comparação é feita em sentido errado, uma vez que estes campos há muito são visitados pelos Architecture in Helsinki, ainda que agora com mais preponderância é certo.
Sem pretenções ou presunções em demasia, NOW + 4EVA marca mais um capitulo brilhante na já segura carreira dos australianos, para ouvir com sentimento livre e optimista.
Obrigatório



Para saber mais 

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/04/architecture-in-helsinki-moment-bends.html

http://www.architectureinhelsinki.com/

terça-feira, 1 de abril de 2014

Coming Soon - "A Escuridão Procura Escuridão" by Sónia Ferraz da Cunha (Book)

Porque nem só de musica se alimenta a alma, hoje este espaço é dedicado não a notas e acordes, mas a palavras escritas. O talento é inegável, e a aventura admirável, o caminho começa a traçar-se e a estrada a tornar-se mais e mais clara.
O orgulho, não só pelos laços familiares, mas por toda a convergência de ideologias e valores compartilhados, é imenso. E assim aqui fica a proposta para quem achar por bem entrar nesta jornada escrita, que promete surpreender e emocionar.
Parabéns maninha.

Qualquer pedido de informação adicional ou demonstração de interesse em adquirir a obra, pode ser endereçado para este blog e e-mails associados (undtaitz@gmail.com e indiegalia@gmail.com), para o blog da autora thesoundhemakes.blogspot.pt, ou ainda procurar informação junto da editora Chiado www.chiadoeditora.com.



"Há batalhas cujas idas e voltas estão isentas de violência, de armas que ferem o corpo, de sangue e suor; há batalhas que se disfarçam no entra e sai de mais um dia, no movimento do braço do tempo; há batalhas que são silenciosas e parecem inertes, como a luta de alguém pelo seu lugar na imensa vastidão do universo onde se deve encaixar a pequenez significância de cada um; a luta por uma identidade para além dos estereótipos e convencionalismos da sociedade que é travada entredentes, sussurros, braços de ferro morais e maldizeres…"

                            Sónia Ferraz da Cunha



sexta-feira, 28 de março de 2014

We Are Enfant Terrible - Carry On (2014)



Sucessor de "Explicit Pictures" (2011), "Carry On" traz-nos de volta os franceses We Are Enfant Terrible.
De facto estes franceses são os enfant terrible dos 8bit electro-pop. Se "Explicit Pictures" era realmente bom, este "Carry On" supera-o ainda, demonstrando que a banda está aí e recomenda-se, apesar da pouca projecção que ainda teima em aparecer.
Falar de Carry On é simples, música electrónica na essência da palavra, com aquele toque francês tão peculiar, ritmos fortes, músicas bem construídas, enérgica e colorias, e sem dúvida uma receita excelente para quando os dias começarem a aquecer.
Um excelente regresso.



 Para saber mais 

http://www.weareenfantterrible.com/

http://indiegalia.blogspot.pt/2011/04/we-are-enfant-terrible-explicit.html

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mogwai - Rave Tapes (2014)



O ano musical não poderia ter começado melhor, com um dos regressos mais aguardados, por parte dos Escoceses Mogwai. A ausência não foi demasiado longa é certo. Embora o ultimo disco de originais date de 2011 com "Hardcore Will Never Die, But You Will", o interegno de pouco mais de dois anos foi pautado pela edição de uma banda sonora em 2013 "Les Revenants" e ainda um album de remisturas em 2012 "A Wrenched Virile Lore". Contudo já se ansiava por um novo trabalho de originais para suceder ao maravilhoso "Hardcore Will Never Die, But You Will".
Rave Tapes é já o oitavo disco de originais da banda, e transporta-nos de novo para o universo post-rock que há mais de 19 anos os escoceses adoptaram como seu, sendo um dos maiores embaixadores do rock independente e também um dos mais longevos. Contudo Rave Tapes traça novos trilhos na metodologia musical a que fomos habituados, com elementos da electrónica  mais preponderantes em determinadas faixas, como é o caso do primeiro single Remurdered, e ainda faixas que remetem a elementos sci-fi, rock clássico, e atmosferas dark-ambient. Tudo misturado e ordenado com mestria, que nos lembra que o post-rock vai muito além das guitarras, e que este não faria sentido sem os Mogwai.
Obrigatório.




Para saber mais 

www.mogwai.co.uk

quarta-feira, 26 de março de 2014

Sun Kill Moon - Benji (2014)



Mark Kozelek regressa este ano com Benji, após a excelente parceria com Jimmy Lavalle (The Album Leaf).
Benji funciona como um livro de contos. De facto, cada música conta uma história de pura sensibilidade, reflectindo ou não as vivências do musico norte-americano. O estranho é que em todas elas, o tema central é a morte de alguém, seres anónimos assim como nós, com vidas anónimas. Crianças morrem, adolescentes morrem, adultos, idosos...todos ele morrem nos contos cantados por Mark. De causas naturais ou acidentes absurdos. Uns demasiado cedo, outros tarde demais já por uma obra de misericórdia. As histórias desenvolvem-se de forma pesada, negra, apenas suavizadas pelos acordes de uma guitarra.
Benji não será de todo aconselhável a pessoas em estados depressivos, mas a musicalidade e o lirismo abraçam-nos de uma forma tal, que a morte sucessivamente representada nas composições, passa para segundo plano.





Para saber mais 

www.sunkilmoon.com

New Madrid - Sunswimmer (2014)

 

Provavelmente, o que era necessário para voltar a escrever neste espaço após nova ausência prolongada, era um album tão genuíno e honesto como Sunswimmer dos New Madrid. Provavelmente digo eu, certamento sinto-o no meu íntimo.
O encontro com os New Madrid foi totalmente involuntário, movido apenas por uma curiosidade juvenil, que começou na originalidade do nome, e terminou numa experiência realmente positiva. Até à data, e passados já tantos albuns pelos meus ouvidos, é sem medos que afirmo que Sunswimmer é o mais genial que ouvi em 2014, provocando um pouco o efeito que tiveram os Futurebirds no ano transacto.
Musicalmente Sunswimmer insere-se na corrente do indie-rock, muito ao género de bandas como os Merchandise, mas o que torna Sunswimmer diferente de tudo o resto, é a honestidade e simplicidade de processos em composições que nos tocam o coração pela forma como são transmitidas, muito ao género de Baba Yaga dos Futurebirds (melhor album de 2013 para o IndiePendente), com total genuidade e disponibilidade para chegar ao ouvinte.
Absolutamente obrigatório.

 

Para saber mais

http://www.newmadridband.com/
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